SOMBRA- PARTE 2
- Tylly
- 25 de jul. de 2015
- 4 min de leitura

Acordei suada, sentindo a sensação da mão daquele ser no meu pescoço, ele querendo "assim pensei" me sufocar, imaginei, será um sonho? Fui lavar o resto, quando estava no banheiro olhando o espelho, vi algo atrás de mim, quando virei não exerguei ninguém, estou louca, pensei, e terminei de lavar o rosto. Voltando para o quarto, olhei para o relógio, duas da manhã, preciso dormir para amanhã ir trabalhar, deito novamente, agora tentando não pensar em nada, somente querendo dormir.
Cochilo, e nesse momento vejo-me deitada na cama, o quarto escuro, somente com as luzes que vêm da rua clareando um pouco, estranho, penso, então saio do quarto e vou a sala, lá sento no sofá, tentando entender o que está acontecendo, quando a sombra se aproxima novamente e sinto um frio, mas dessa vez consigo ver perfeitamente e o que enxergo deixa até o último fio de cabelo em pé, um homem alto, por volta de um metro e oitenta, cabelos loiros e olhos escuros, ele me parece mostrar muito ódio. Grito: "O que quer comigo? O que fiz para você não me deixar em paz?".
Ele dá uma risada e diz: " Você que me chamou, você que mexeu comigo, não te deixarei em paz, por que você pode fazer o que quero. Queria sair daquele local, mas parecia que ele exercia uma força, minhas pernas ficaram paralisadas, não conseguia me mover, queria gritar, mas não conseguia, era como se minhas cordas vocais tivessem sumido. Então fechei meus olhos e senti as lágrimas caindo, logo em seguida, ele sentou do meu lado, passando a mão na minha cabeça, senti como se minhas forças tivessem sendo tiradas, ouvi um sussuro: " lembre-se, eu não vou sair, vou te destruir".
Acordei novamente, olhei pro relógio, seis da manhã, por que estou tendo esse pesadelo? Estava tão cansada, parece que andei um ano a pé, resolvi tomar banho e tomar um rápido café para sair, acho que um ar fará bem. Só que ao sair de casa, nada melhorou, senti como se tivesse ficando doente.
Ao chegar no escritório, fui direto para reunião, não parei para o café, estando dentro da sala, imaginei que o mal estar iria sumir, mas a sensação das minhas forças sendo sugadas ainda continuava comigo. Passei a reunião longe, não ouvi quase nada, só confirmava com a cabeça, quando terminou, estava me dirigindo para minha sala, quando André um rapaz que entrara a alguns meses na empresa, veio meio sem graça falar comigo: "Você ta com algum problema?", eu meio atordoada respondi prontamente: "Não! porque?" , ele olhando para meu pescoço como se viesse algo, disse: Tem uma marca de mão em seu pescoço, não precisa esconder se tiver passando por algum abuso, podemos ajudar.
Atordoada, disse logo que não precisava de ajuda e sai para minha sala, olhando no espelho de maquiagem avistei a marca, mas ela não estava ali quando acordei, tenho certeza. Falei com meu chefe por telefone, disse que não estava me sentindo bem e que iria para casa, ele concordou e logo fui arrumando minhas coisas para sair. Quando estava já para pegar o carro, lembrei do que tinha ouvido no meu primeiro sonho, eu tinha chamado, mas como o chamei? Se era somente uma brincadeira?
Precisava pedir ajuda, mas quem acreditaria em mim? Então decidi procurar meu pai, ele poderia me dar uma luz, resolvi dirigir duas horas até a casa dele para quem sabe ter alguma resposta. Encostei o carro e por alguns minutos pensei em desistir, mas peguei coragem e fui, ao bater na porta pensei que seria loucura contar para o meu pai o que tava acontecendo, mas ele abriu a porta com um olhar de que já sabia de algo, olhei para ele e disse: Oi pai, podemos conversar?, ele repondeu que sim com a cabeça e entrei.
Como sempre o chocolate quente me aguardava, lembro que sempre que eu queria conversar algo sério, meu pai fazia o chocolate quente, tentando assim me deixar mais a vontade. Pai, começei falando, tem algo acontecendo comigo e não sei o que é, ele colocou a mão no meu ombro e disse: Eu sei filha, mas não precisa esconder, você tá com alguém que está lhe machucando? me diga para tomamos providências. NÃO! Gritei, mas não é alguém físico, é uma sombra que me persegue em sonhos e diz que vai me destruir. Meu pai olhando para mim com um ar de confusão, fala: Minha filha me diga quem é, não invente essa história para proteger o canalha que tá fazendo isso. Eu desesperada, chorando rios, disse mais uma vez: Pai, não é uma pessoa, é uma sombra que me persegue, que faz isso comigo, sei que parece loucura, mas é verdade.
De repente parei e perguntei ainda com lágrimas nos olhos: Pai, como o senhor ficou sabendo que estou machucada? Ele prontamente falou que um amigo do meu trabalho ligou falando para ele cuidar de mim, pois estava em perigo, como era o nome desse colega? perguntei, ele olhou para mim e saiu o nome Josias. Eu me levantei de uma vez e gritei, mas não tem nenhum josias no meu trabalho, pai ele tá aqui, ele vem me pegar, quando terminei de falar senti meu corpo indo para frente como se algo o puxasse, e como um conto de terror, senti algo tomar conta do meu corpo, eu tinha noção do que tava acontecendo, mas não tinha poder de controlar meu corpo.
Assim voei para o meu pai, para ataca-lo, queria gritar, pedir para parar, mas sentir querendo matar meu pai, ele me segurou, tentando evitar a agressão, mas parecia que eu estava com força de cem homens, eu o atacando, quando na sala entrou minha madrasta, ele gritando pediu para ligar para ambulância que eu estava ficando maluca, tendo alguma crise piscológica. Minha madrasta ligou chorando para a emergência, enquanto meu pai tentava desvincilhar dos meus golpes, eu tentava gritar que não era eu que estava fazendo aquilo, que algo estava me controlando, quando vi os médicos chegando, tentando me parar e me dando uma injeção, depois somente vi o escuro, parece que ele me consumiu por completo.
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