Pais tiranos, filhos escravos

O que dizer dos pais tiranos? Aqueles que acham que ameaçar é melhor do que saber o que se passa na cabeça do filho e filha adolescentes? Sabemos que é a fase mais difícil, mas se o pai não se aproxima do filho, conversa, mostra vários pontos a seguir, o que acontecerá é uma série de desastres que poderão mudar não somente a convivência entre pais e filhos, como também mudar a personalidade e como esse adolescente vê o mundo.

Quando a palavra "NÃO" se torna imposição e o adolescente não tem a opção de se explicar, ou, perguntar o porquê não pode, faz com que haja uma distância psíquica entre os pais e esse garoto(a), que poderá nunca mais ser reconquistada. Quando se conversa, deixa-se claro que o pai ou mãe tem um ponto de vista, mas, não quer dizer que o adolescente esteja errado, mas que os pais possuem uma vivência diferente. Quando você grita, dizendo barbaridades e proibindo, a primeira coisa que acontece é que você perdeu a razão, não tem mais autoridade sobre o assunto, e o pior, faz com que seu filho(a) o veja como inimigo e não como alguém que ele possa contar suas angustias, e isso, ele vai levar até a vida adulta. Os pais não saberão realmente o que se passa na cabeça e na maioria das vezes, qual é a vida que leva seu filho, pois, com medo da reação dos pais, esses filhos vivem um mundo "paralelo", sentimentos, decisões que não colocam os pais a par, que tomam sozinhos, sentem sozinhos.

Esses filhos sentem-se uns estranhos dentro de suas casas, não conseguem olhar para os pais como alguém a confiar e sim como tiranos que estão preparados para todo momento criticar, suas escolhas, sua vida. Então, o melhor, é os pais começarem a repensar, como vocês agem com seus filhos? Será que vocês confiam neles? Ou só dizem isso porque precisam tê-los sobre o seu poder? Passem a ter realmente confiança nos seus filhos pois, tirania leva a distanciamento, mesmo estando presente na sua frente, e um dia seu filho irá embora, e você não saberá o que você perdeu, pois ele terá uma vida a qual não estará presente, pois, não quis participar da "vida" dele quando ele queria que você participasse.