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Destaque

O papel da mulher no mundo

  • Tylly
  • 30 de out. de 2018
  • 4 min de leitura

Faz tempo que não posto nada, mas é por falta de tempo, estarei aqui mais frequentemente...

A mulher é descrita pela história em vários ângulos e em todos é colocada como a vilã, ela é a que carrega os pecados no caso a Eva que aceitou a conversa da cobra e ainda “convenceu o coitado do Adão”, as bruxas que comiam criancinhas e enganavam os homens aldeões, etc. Mas na verdade a história da mulher é bem diferente, as mulheres estão na história do mundo de uma forma que muitos querem esconder.


Aí você me pergunta, como assim querem esconder? Começando pelo fato que desde que a propriedade foi criada e o homem saiu das comunidades chamadas primitivas, mas, para minha pessoa gosto de chama-las de família comunal, onde não havia hierarquia, todos trabalhavam, todos defendiam a tribo, pois, a sobrevivência dependia do grupo, sozinho era mais difícil sobreviver. A mulher tinha relação com quantos homens quisesse e os homens também, as crianças não pertenciam a uma família e sim a tribo. Isso terminou quando surgiu a propriedade privada, aí a relação foi constituída para manter a propriedade, surgindo assim a família monogâmica.


A mulher nesse momento se viu no papel de ser um reprodutor para dar ao marido um primogênito para proteger a terra, o homem se torna o patriarca e a mulher se torna pro lar. Quando você olha para todas as civilizações antigas, são poucas as que a mulher tem o mesmo papel do homem. As sociedades ocidentais e orientais são bem diferentes, e dentro dessas sociedades se encontra outras diferenças. Um exemplo clássico é as mulheres de Atenas e as mulheres de Esparta.


As mulheres de Atenas eram para o lar, muitas não sabiam escrever e ler, não sabiam falar sobre filosofia, eram criadas para ter os filhos e cuidar da casa, já as mulheres de Esparta, aprendiam desde cedo a ler, escrever, a lutar, pois precisavam ter o corpo sadio para dar filhos fortes a Esparta, e quando os homens saiam para a batalha eram elas que tomavam conta da cidade. Já no oriente as mulheres japonesas do período dos samurais também sabiam lutar, aprendiam um tipo de letra que ficou conhecida como hiragana, e eram quem iam para plantações enquanto os homens somente treinavam para guerra.

Quando o mundo saiu de sua antiguidade e entrou na idade das trevas, a idade média foi um período perigoso para mulheres, não somente para as plebeias, mas, principalmente para nobres, estas serviam somente para procriação, mesmo quando eram as únicas pretendentes aos tronos, eram casadas com outro rei por que uma mulher não podia assumir os tronos, tiveram algumas que foram contra essa máxima, são conhecidas pelo termo inglês The Wolves, exemplo Isabel de Aquitânia, assumiu o trono mesmo com todas as divergências.


Contundo o papel interno de somente servir como instrumento para trazer os filhos ao mundo continuou, as mulheres cultas que sabiam ler e escrever, eram químicas, médicas eram consideradas bruxas e foram perseguidas. Quando a Europa saiu da idade média, algumas mulheres se tornaram mais do que somente um “objeto de uso” do homem, Elizabeth I da Inglaterra que governou com punho de ferro o reino, sua prima Maria Stuart, da Escócia, Isabel de Castela na Espanha e Catarina a Grande que foi a grande Czarina da Rússia. Mulheres que saíram do papel que a sociedade através de seus instrumentos ideológico colocava a colocaram. Mas a maioria ainda vivia seu pesadelo pessoal, não estudavam, eram criadas para serem somente um instrumento dos homens, não tinham voz.


Quando as mulheres foram permitidas na academia muitas vezes eram colocadas no papel de assistente dos homens, muitas foram as cientistas que tiveram seus trabalhos “roubados” pois não podiam assiná-los. Mary Curie duas vezes prémio Nobel, teve dificuldades, primeiro os trabalhos feito em conjunto com seu marido a mesma era a grande cientista por trás, porém, quem era o representante na assembleia dos cientistas era ele e não ela. Quando o mesmo morreu, ela lutou para assumir a cátedra dele, quando foi aceita ainda recebia olhares.


As mulheres lutaram pelo direito de voto, pelo direito de poder usar seu corpo como bem entendesse, de não ter filhos, de trabalhar fora, de igualdade salarial com os homens, etc. Mas hoje em pleno século XXI, o que se vê ainda é o preconceito, a conceito que mulher é para ficar em casa e cuidar de filhos ainda é enorme, que a mulher que não quer ter filho não presta. Quando se quer agredir uma mulher, é difamando seu corpo.


O número de mulheres do mundo que são mutiladas, que são tratadas como objeto é enorme, há países que os pais vendem as filhas para casar com homens quatro vezes mais velhos, e as mortes por feminicídio tem se tornado comum nos noticiários.


E o Brasil onde é que fica? O Brasil é o país que mais mata mulheres na América do Sul, e um dos primeiros em feminicídio no mundo, a cada duas horas uma mulher é morta no Brasil. Por que a figura do patriarca é forte numa cultura que não respeita os seus, no Brasil o machismo é forte, quando uma mulher é estuprada a culpa não é do homem e sim da mulher que andou com roupa curta.


Enquanto ainda tiver o pensamento machista que mulher é para cozinha, muitos assassinatos serão cometidos, em sua história a mulher sempre lutou para se firmar, para se mostrar como igual ao homem. Foram queimadas, estupradas, mortas por dizer não, mas, nunca desistiram, continuam lutando para serem vistas como iguais.


Enquanto tiver voz, elas estarão lutando, basta saber que as mulheres hoje são maioria no Brasil e no mundo, sãos maioria dentro da academia, e não é o machismo que vai calar é só mais um incentivo para lutar e conquistar a liberdade de ser vista como igual, direitos e deveres a ser respeitado. Então a história de muitas que morreram para que chegássemos aqui não será em vão.


 
 
 

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