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Covid-19 para além dos leitos: Mulheres na luta contra a desigualdade no meio do trabalho.

  • Foto do escritor: tyllys
    tyllys
  • 19 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura


Em um período pandêmico o mercado de trabalho se torna ainda mais cruel, com jovens e recém saídos do meio acadêmico. Mas ao olhar mais profundamente o assunto, percebe-se que são as mulheres as mais afetadas pela política neoliberal cruel do capitalismo. E as afetadas são principalmente as mulheres que decidiram ser mães nesse período. Muitos depoimentos de mulheres que ou foram demitidas ou foram retiradas dos cargos que ocupavam antes da gravidez, quando terminou o período de estabilidade.


Esse comportamento no meio trabalhista mostra cada vez mais como as mulheres ainda são vistas como mão- de -obra desqualificada ou descartada no mercado. Principalmente por que o papel ainda no século XXI que a sociedade impõe a mulher é predominante da “criadora” e esposa. Com isso as mulheres tornam-se a parte fraca dentro da cadeia trabalhista.


E não se enganem porque esse processo é visto no próprio proletariado, os sindicatos e associações trabalhistas mal possuem mulheres em seu quadro principal. Por que o pensamento machista e patriarcal encontra-se inserido em todos os meios de produção. Assim, as mulheres vulneráveis quanto a garantias de direitos no meio de trabalho, precisam conviver com uma carga emocional enorme no período pandêmico.


‘ O medo de pegar a doença, passar para seus entes querido e pessoas que nem conhece, além de manter o emprego quando este pode ser mantido. E quando chega em casa ainda passa por mais turno de trabalho, pois muitas vezes tem que fazer tarefa com filho, ver se tem roupa para lavar, o que vai ser o almoço do dia etc.


Segundo Saffioti (1978) desde o início da colonização do Brasil que a mulher é vista como um objeto, principalmente sexual, no caso das índias e depois das escravas, elas eram usadas para “prazeres” sexuais dos homens brancos europeus. E essa imagem que mulheres negras e índias tinham corpos feitos para o sexo foi levada adiante. Por que estou falando sobre isso? Por que no meio de trabalho também há um alto índice de assedio e na pandemia tendeu a piorar. No caso das mulheres que pertencem as minorias sociais o assedio torna-se ainda mais ligado a imagem passada pela historicidade da sociedade brasileira.


A igualdade no meio empregatício é uma das lutas mais árduas dentro do feminismo, pois não somente entra em um campo de luta e sim em vários. O direito a ganhar o mesmo que o homem quando os dois ocupam o mesmo cargo, o direito a uma estabilidade no emprego e o principalmente não ser discriminada em uma vaga de trabalho quando tem em seus planos ser mãe ou mesmo sendo mãe e quer continuar no mercado de trabalho.


A pandemia de Covid-19 tem mostrado o quanto a sociedade é desigual e um mercado neoliberal cada mais cruel. Tente a massacrar a parte da corda mais fina da relação de trabalho, as mulheres.

 
 
 

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