DINASTIA SHANG: Séc. XVI - XII a.C
- tyllys
- 4 de fev. de 2021
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Como falamos no final do post passado. Apesar da dinastia Xia ser considerada a primeira da China, ela não foi a primeira que teve comprovação científica, quem teve sua existência comprovada através de achados arqueológicos foi a dinastia Shang. Essa dinastia governou durante do século XVI a.C ao XII a. C. Nos seus primeiros anos a dinastia não teve um local definido para a capital do império, tendo sido mudada de lugar diversas vezes. Uma das últimas mudanças, foi coloca-la na região de Ying, que fica próxima onde hoje se localiza a província de Hunan.
As escavações arqueológicas encontraram inúmeros objetivos que comprovam que a China nesse período se encontrava bem a frente de outros povos da região. Estando em um patamar alto no que se refere a produção de objetos. Eles utilizavam como matéria prima para construção de alguns objetos o casco de tartaruga, por conta disso no começo do século XX, foi possível encontrar a localização da antiga capital da dinastia de Shang. Segundo Couto (2008) camponeses da aldeia de Anyang, localizada na região de Ying, venderam como remédio peças de casco de tartaruga e ossos de animais, assim algumas dessas peças foram parar nas mãos de pesquisadores que ao estudar detalhadamente elas descobriram que as peças tinham escritas nelas.
Depois de muito estudo foi identificado que a escrita condizia com o período da dinastia de Shang, com isso a pesquisa se concentrou nessa região específica e assim depois de muito trabalho e pesquisa, foram encontradas as ruínas da antiga capital da dinastia, a aldeia de Xiaotun em 1928. Desde então foram encontradas várias inscrições em objetos de bronze, ossos e cascos de tartarugas.
OBJETO DA DINÁSTIA SHANG

Fonte: https://m.epochtimes.com.br/
Entre as descobertas, comprovou-se a superstição que acompanhava os imperadores desta dinastia, estes sendo muito supersticiosos faziam sempre previsões com objetos, esses construídos com casco de tartarugas. As previsões eram feitas a partir da queima dos objetos, a partir das mudanças de sinais que ocorriam depois do processo de queima. Segundo Couto (2008) até hoje foram encontradas em escavações mais de 160 mil peças feitas com casco de tartaruga.
Algumas peças foram encontradas inteiras outras estavam quebradas, a pesquisa continua em andamento e até o momento foram encontrados cerca de 4000 mil escritos nos cascos, destes 3000 já foram pesquisados pelos arqueólogos e cerca de 1000 já foram decifrados. Porém é bom ressaltar que com o que já foi descoberto jconsegue-se entender como era a construção política, cultura e econômica durante o período da dinastia Shang.
No próximo post iremos nos aprofundar um pouco nela. Até lá.
Fonte: COUTO, Sérgio Pereira. A extraordinária história da China. São Paulo, Companhia das Letras, 2008.
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