Povos Amarelos: "Todo asiático é igual!!!" Só que não!
- tyllys
- 24 de ago. de 2023
- 3 min de leitura

Durante os séculos XIX e XX, a concepção de raça foi muito discutido de forma a sempre sobressair os povos caucasianos, ou, raça branca, o que levou na metade do século XX os alemães de extrema-direita nazista criarem a tese da raça superior ariana, que segundo os mesmos, era superior as outras duas, essa tese foi formulada exatamente para legitimar a perseguição nazista ao povo judeu. Mas apesar de estudos derrubarem a tese de raça e substituir por etnias, alguns dos pré-conceitos construídos durante séculos, passaram a ser considerados como “verdades”, principalmente quando se refere aos povos asiáticos, em especial os do leste da Asia.
Quando se houve a seguinte frase: “todo asiático é igual”, o que se observa é a concepção criada pelo eurocentrismo que todo asiático é igual, ou, que a Asia se limita a Japão, China e Coreia, essa concepção foi criada para inferiorizar os povos amarelos e assim conseguir domina-los, fazendo com que os mesmos não se reconhecem como etnia amarela e assim incorporassem os costumes ocidentais. As tentativas de colonização indireta que houve no século XIX na China e Japão mostra exatamente esse comportamento. O que se pode dizer com colonização indireta? Quando europeus através da Inglaterra com a chegada em Hong Kong e com a “ajuda” que os americanos deram aos japoneses no fim da guerra entre o imperador e o xogunato Tokugawa. A imagem passada pelos ocidentais dos asiáticos, sempre foram de um povo não civilizado e vivendo no período medieval, lembrando que não existiu o período medieval na Asia como um todo.
Com o nascimento da antropologia em meados do século XIX a teoria que a raça branca europeia era superior as outras, intensificou a percepção errada sobre os povos amarelos. No século XXI, o preconceito e a concepção errada da etnia se perpetuo devido a “guerra econômica” existente, para continuar a colocar a Europa e Eua como sendo o centro econômico, como também intelectual do mundo, a percepção anterior permanece e são transmitidas no momento atual através de piadas, o que não difere do que foi realizado anteriormente.
Os povos amarelos são diferentes entre si, possuem história, língua, cultura, visão de mundo, fenótipos, genótipos diferentes. Em especial o leste asiático, possuem nações que de comum só possuem que todos tiveram como introdução a agricultura a cultura do arroz e que todos foram em algum momento da história antiga ou recente, inimigos ou aliados, dependendo de como se encontra o contexto histórico. Hoje temos mais uma vez a China como um dos centros asiáticos, não somente pelo desenvolvimento militarista, mas, principalmente pelo desenvolvimento econômico existente no país nos últimos trinta anos, desde a reabertura econômica. Coreia, Tailandia, Vietnam, Malásia, Indonésia, possuem desenvolvimento melhor que muitos países europeus.
Portanto o preconceito existente contra os povos amarelos vem pelo medo do potencial da região, seja ele, humano, econômico, militar, etc. Uma desconstrução para mudar essa concepção vem através do olhar mais profundo e de forma descentralizada do ocidente no continente asiáticos, “olhar a asia pela asia”, não com a visão eurocêntrica que ainda hoje é passada através dos instrumentos burgueses. Essa nova visualização não deverá ser a partir somente de pontos positivos, mas, deve-se olhar toda a problemática que envolve os povos amarelos, como o patriarcado e machismo que impera ainda em muitos países asiáticos.
A Asia não é somente doramas, olhos puxados e comidas exóticas, é uma região rica em todos os sentidos, muito do que somos como sociedade adveio dos povos amarelos. Então desconstruir o preconceito existente é necessário para dissipar a chamado “medo amarelo” que muitos possuem, e finalmente olhar a riqueza e o que os povos amarelos tem a oferecer e acrescentar para evolução da sociedade.
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