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Só um questionamento...

  • Foto do escritor: tyllys
    tyllys
  • 20 de dez. de 2020
  • 2 min de leitura

Faz algum tempo que não venho por aqui. Entrei em uma caverna chamada monografia e só sai no dia 17 de dezembro. Enquanto eu estava escrevendo minha monografia, fiquei pensando algo que aprendi sobre colonialismo. Ele não influenciou o pensamento somente no momento em que as nações mercantilistas estavam à procura de aumentar seu poderio territorial, ela continua a exercer uma grande pressão sobre o pensamento dos indivíduos. A partir do momento que a visão eurocentrista se faz presente nos pequenos gestos ou pequenas palavras proferidas.

Pensar que o outro é sente-se oprimido por algo, ou quando se afirmar sobre características do outro que foi mostrada pra você por aqueles que os dominaram. Por que estou falando isso, por que algo que foi falado no dia da minha defesa não sai da minha cabeça. Um olhar sobre o oriente visto do ponto de vista eurocentrista. Não é um anseio sobre um oriente que não existe mais, é um olhar de um oriente que foi antes da influência do ocidente no seu pacto social. Isso mostra como se é visualizado sua cultura, sua língua, seus costumes, mas fico pensamento será que eles sentiam- se oprimidos antes? Será que eles eram brutos e “machos” antes?

Apesar de estarem no mesmo continente, cada nação teve uma história e uma construção social diferenciada, sim muito diferente do ocidente, isso não tiro do que já pesquisei. Olhar para uma nação que tem 15 mil anos de história, 13 mil anos de história estruturada fora do pensamento ocidental, tendo contado nos últimos 900 anos com o ocidente (isso no caso da china), o Japão teve um contato com mais profundo com o ocidente nos últimos 100 anos e isso trouxe um prejuízo para o seu pacto social muito maior que a entrada do budismo com um pensamento sim patriarcal.

Sim isso me revolta, não é um pensamento saudosista, é um pensamento que precisa-se ver e estudar o lado antropológico sem pensar que há no ocidente é assim, o patriarcado existe desde que tem a propriedade privada. Mas no período Jamon no Japão não existia a propriedade privada e nem estratificação social, mesmo quando surgiu no período Yayoi, a propriedade não tinha tanta relevância quanto o tratado entre o senhor e o vassalo. Parar de tentar colocar o que achamos como certo porque são os que os autores ocidentais colocam, como certo.

Decolonialismo é olhar para essa subjetividade, é ver além do olhar eurocentrista. É perceber a nação e sua problemáticas do ponto de vista dela e não como os “brancos, europeus, cristãos, patriarcais” passaram e passam. Ainda vou falar muito disso, porque não saudosismo de um oriente que não existe mais, é procurar mostrar que a construção social não é igual e que o que achamos errado do ponto de vista ocidental não o seja.


 
 
 

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