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Um rosto uma mentira: Quando a tecnologia é utilizada para criar uma fake, caso Zhang Zhe Han.

  • Foto do escritor: tyllys
    tyllys
  • 13 de abr. de 2022
  • 5 min de leitura



Em mais um momento que pode- se dizer surreal os últimos acontecimentos do caso do ator Zhang Zhe Han tomaram uma proporção de filme de terror. A internet tornou-se um caminho para evolução da comunicação humana, para quem viveu a década de 90 e início dos anos 2000, a internet, celulares e computadores eram tecnologia que somente as pessoas que possuíam posses maiores poderiam adquirir, então para a grande massa populacional esses instrumentos tecnológicos não chegava a ser usufruído. Porém, quando houve um incentivo governamental a partir do primeiro mandando do então presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, essas tecnologias se tornaram populares e acessíveis a população geral.


Esse fenômeno não foi algo particular do Brasil, em todo o mundo houve um barateamento dos equipamentos e acessibilidade de acessar a internet. Assim surgiram as principais redes de sociais da época, como Orkut, msn, icq etc. Mas, o boom da influência da internet na vida das pessoas começou na segunda década dos anos 2000, com o surgimento do twitter, facebook, instagram, wahttsap, telegram, youtube, etc. Programas de edição de vídeos que podem mudar tudo em uma foto ou vídeo, fazendo surgir o que conhecesse hoje como fake News.


Com esse desenvolvimento e o crescimento das redes sociais, um fenômeno cresceu desenfreado, os rumores e principalmente a fake news, em todo mundo esse fenômeno até 2018 não era tão popularizado, porém, nas diversas eleições presidenciais que ocorreram nesse ano “máquinas de fake” foram criadas para manipular a opinião popular, interferindo diretamente no resultado das eleições. Esse impacto foi visto principalmente na eleição do Brasil, onde o então candidato Bolsonaro do PL começou espalhar fake News sobre o seu adversário direto Haddad do PT. O Fenômeno de editar vídeos e fotos para espalhar rumores, fakes e prejudicar alguém se tornou um problema social a partir desse momento.


Na Ásia principalmente na China, a fábrica de rumores criou uma forma de renda, onde pessoas contratam outras pra espalhar rumores e fakes sobre alguém para prejudicar sua reputação. Assim, apareceram os exércitos de água e contas ynx. O primeiro conta falsas criadas somente para fazer subir visualização de um assunto e coloca no Hot do Weibo principal rede social chinesa, o segundo contas marketing negro que escrevem os rumores, normalmente usando os recursos que já foi falado anteriormente. As Ynx se encontram principalmente em outra rede social chinesa o Douban, onde escrevem os artigos e os mesmo são replicados no Weibo pelo exercito de água. Casos graves de cyberbullying ocorreram a partir desses rumores e fakes, casos como do ator Zhang ZheHan em agosto de 2021 quando 30 rumores sobre ele e sua família foram criados para destruir sua reputação (todos foram desmentido) e por ultimo do ator Gong Jun com o agravante que sua conta particular foi invadida e os perpetradores divulgaram informações pessoais dele e familiares.


O que tudo isso tem haver com o caso de Zhang? Tem tudo a ver, quando em janeiro uma conta publica sem nome no WeChat (WhatsApp chinês) começou a insinuar ser Zhang, misturando informações reais com mentiras. Por trás da conta está Xie ex- empresária musical de Zhang, esse dado foi descoberto a pouco tempo. Eles passaram a querer persuadir fãs que o mesmo era zhang, colocando-o como um coitado. Coincidentemente a conta do Instagram de Zhang que estava desativada desde agosto voltou a ativa no dia 16 de janeiro, depois que o professor Li foi silenciado pelo Weibo. A conta tonou-se privada e só retirava pessoas, até aquele momento fãs internacionais não desconfiavam de nada.


Até que no final de março de 2022, Xie lança uma marca de luxo, afirmando ser de Zhang, porém, ela tem 100% da empresa e o lucro vai para sua irmã. Zhang não tem participação em nada, nem contrato de endosso, porém a conta dele trocou a foto do perfil para o símbolo da marca de luxo, como também dias depois uma foto foi mostrada (descobriu-se ser antiga de um ensaio em 2019). O amigo de adolescência de Zhang, que possui o mesmo sobrenome Zhang Su passou a usar o boné na sua live, dizendo apoiar o “bro”, foi descoberto posteriormente que o mesmo tem ligação com a irmã de Xie. Pois bem dias depois a conta do Instagram postou um vídeo, que foi verificado não ser zhang já que a voz e o queixo (verificado por um artista de anatomia facial) não pertencem a Zhang.


No dia seguinte um vídeo onde começa com a pessoa sem cabeça tocando o violão e depois o celular cai e aparece Zhang chutando o mesmo. Fãs descobriram ser edição de vídeo novamente. O que intrigou foi uma fã pediu uma live e a pessoa respondeu, que fara quando ele quiser e não escolherá plataforma. Assim, fãs começaram a especular que os perpetradores poderiam se utilizar de uma tecnologia chamada de Deep Face, onde você coloca o rosto de uma pessoa na face da outra, podendo assim se passar por ela. O desenvolvimento dessa tecnologia foi usado primeiramente em filmes e depois tornou-se acessível a população em geral. Ou seja, o que vier dessa live deve ser desconsiderada.


O que leva no que foi falado acima e faz surgir perguntas. Por que os esforço pra dizer que é zhang? Somente vender produto e fazer alho poró? No entender, esses movimentos são também para prejudicar a imagem de zhang e seu processo offline, já que ele se manifestar em uma rede social estrangeira seria mostra-se não patriótico. O que os rumores de agosto colocaram e foram desmentidos pelo mesmo em uma entrevista concedida ao professor Li no ultimo dia de 2021. Esse comportamento dessa senhora Xie e todos que estão com ela, além de ser considerado juridicamente criminoso, parece ser de um psicopata, já que almeja a atenção a qualquer custo.


Indo pela legislação brasileira no Código Penal art. 299 sobre falsidade ideológica, que diz ser crime falsificar, prestar declaração falsa em documento, seja ele particular ou público, omitir informação que deveria ter para prejudicar alguém. A pena é reclusão de 1 a 5 anos, isso também pode ser levado para o ambiente virtual. Lembrando que como não se conhece profundamente a legislação chinesa sobre crimes digitais, a informação como a pessoa lesada pode proceder é vaga. Sabe-se que pode -se requerer auxilio da polícia e ir aos tribunais civis. Contanto está claro que a senhora Xie e seus auxiliares, apoiadores estão cometendo um crime.


Por fim, para fãs solos e cpf de Zhang, o aparecimento dessa senhora e tudo que está acontecendo se tornou um pesadelo, já que todo dia precisa-se provar que não é Zhang que está na conta. Mas como é impossível controlar tudo da internet um certo estrago já foi realizado. O que se espera é que a justiça off seja mais rápida para que o verdadeiro Zhang possa se manifestar com rosto e voz por meio oficial chinês, desmentindo todo o esquema que foi feito, ou mesmo que a polícia se pronuncie.


Quando em um artigo anterior foi dito que o problema do Zhang era de ordem social é desse tipo de impacto que estava se falando, a imagem dele e do país sendo manchada por pessoas inescrupulosas. Uma nova ordem precisa ser estabelecida, para que finalmente um inocente obtenha justiça e a que as três ordens socais da China voltem a ser creditada pela população.

FONTE:


BRASIL. Código Pensal, art. 299.

 
 
 

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